Puberdade Precoce

18 junho, 2020


Puberdade é o período de transição entre a infância e a vida adulta e é marcado por mudanças corporais e comportamentais.

Nas meninas, a puberdade pode iniciar entre 8 e 13 anos de idade. Nelas, o primeiro sinal de puberdade é o surgimento do broto mamário (telarca). Já a menarca (primeira menstruação) ocorre, em média, 2 anos após o surgimento do broto mamário. É nessa fase (entre o inicio da puberdade e a menarca), que a menina apresenta o estirão puberal (período no qual ocorre um aumento da velocidade de crescimento, que pode chegar a 8- 10cm/ano no sexo feminino).

Nos meninos, o período de início da puberdade vai dos 9 aos 14 anos. Neles, o primeiro sinal puberal é o aumento do volume testicular. Além disso, é nessa fase que os meninos vão apresentar mudança na voz e aparecimento de barba. O estirão puberal nos meninos ocorre cerca de 1 ano após o início da puberdade e a velocidade de crescimento nesse período pode chegar a 10-12cm/ano no sexo masculino.

Em ambos os sexos, no período puberal também ocorre o surgimento de odor axilar, pelos pubianos e axilares e acne.

A puberdade precoce é definida como o aparecimento de sinais puberais antes da faixa etária considerada normal. É muito mais comum em meninas do que em meninos e, na maioria das vezes (principalmente em meninas), não tem uma causa definida. No entanto, pode estar associada a algum processo patológico.

Entre os problemas associados a puberdade precoce estão: prejuízo no crescimento ( a criança para de crescer antes da hora e antes de atingir uma estatura adequada) e prejuízo social (a criança não está preparada psicologicamente para as mudanças que ocorrem em decorrência da puberdade, além de se sentir inadequada em relação aos colegas da mesma idade, que não estão passando pelas mesmas mudanças).

A puberdade precoce pode ser tratada com medicações, que irão bloquear a produção dos hormônios sexuais, até que a criança atinja uma idade adequada.

Porém, é importante ressaltar que nem sempre as crianças que apresentam sinais puberais antes da hora necessitam de tratamento medicamentoso, principalmente nos casos que ocorrem muito próximos da idade normal. Portanto, é muito importante que a criança seja avaliada por um especialista, que vai identificar os casos que realmente precisam ser tratados!

 

Meu filho não cresce!

16 junho, 2020


Saber se seus filhos estão crescendo adequadamente é uma preocupação frequente dos pais. De fato, avaliar o crescimento da criança e do adolescente é muito importante e deve ser realizado rotineiramente em toda consulta pediátrica. O crescimento é um bom marcador de saúde: a criança saudável, cresce bem. Porém, crescer bem não significa que a criança tenha que ser alta ou maior que os amiguinhos da escola. Crescer bem, significa que a criança precisa ter uma velocidade de crescimento normal para idade, ter uma estatura condizente com o padrão familiar e dentro do normal na curva de crescimento.

Existe uma grande variação dentro do normal. Duas crianças da mesma idade podem ter 10cm ou até mais de diferença de altura e mesmo assim, as duas terem alturas normais e serem saudáveis. O que vai causar essa diferença é principalmente a genética de cada um. Entretanto, existem os limites máximo e mínimo de altura para cada idade e sexo e isso é avaliado através da curva de crescimento. Quando a criança está abaixo do limite mínimo, ou  sua estatura está muito abaixo do padrão da sua família ou cresceu menos centímetros do que o esperado para sua idade nos últimos meses, ela merece uma avaliação.

Vários fatores podem interferir no crescimento. Além das alterações hormonais (Hipotireoidismo, Deficiência de hormônio do crescimento), outras doenças sistêmicas também podem fazer a criança crescer menos: anemia, infecção de urina, doença célica, alterações no metabolismo dos ossos, má nutrição, síndromes genéticas, entre outros.

Portanto, se o pediatra ou o endocrinologista identificar que a criança/adolescente não está crescendo bem, ele irá solicitar alguns exames para tentar identificar o que está causando essa situação.

O tratamento consiste em tratar a doença que está causando a baixa estatura, quando houver ( por exemplo, se for identificado que a criança tem Hipotireodismo, será realizado o tratamento especifico para o Hipotireoidismo).

Em outras situações a criança precisa realizar um tratamento com Hormônio do Crescimento.

O mais importante é: toda criança e adolescente precisa fazer um acompanhamento de rotina com o pediatra. Assim, caso algo não esteja evoluindo dentro do esperado, o pediatra saberá identificar e encaminhar para o especialista se necessário.

 

 

Teste do Pezinho

16 junho, 2020


O Teste de Triagem Neonatal, também conhecido como Teste do Pezinho, é um exame realizado nos primeiros dias de vida do bebê e tem como objetivo identificar doenças que necessitam de um tratamento precoce para preservar a saúde e o desenvolvimento da criança e evitar sequelas. 

Como é realizado?

Idealmente, o exame deve ser feito entre o 3º e o 5º dias de vida do recém nascido através da coleta de gotas de sangue do calcanhar.

O teste do pezinho é gratuito na rede pública e todo bebê  deve realizar esse exame.

Quais doenças são triadas pelo Teste do Pezinho?

O teste do pezinho realizado pelo Programa de Triagem Neonatal, do SUS, avalia as seguintes doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística, Deficiência de Biotinidase, Doença Falciforme, Hiperplasia Adrenal Congênita. 

Fenilcetonúria (PKU)

A Fenilcetonúria é uma doença genética que ocorre pelo acúmulo no sangue de uma substancia chamada Fenilalanina. 

Se a criança não for diagnosticada e tratada precocemente (antes dos 3 meses), ela poderá desenvolver atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, deficiência mental, comportamento agitado ou padrão autista e convulsões. Porém, com o inicio do tratamento no tempo certo, a criança não terá esses sintomas.

O tratamento consiste na utilização de uma dieta com baixo teor de Fenilalanina, que deve ser mantida por toda a vida.

Hipotireoidismo Congênito

Ocorre pela incapacidade da tireoide em produzir a quantidade necessária de hormônios tireoideanos. Se não tratado, pode levar a deficiência mental e a um sério comprometimento do crescimento. Porém, com o tratamento precoce, o desenvolvimento físico e mental serão normais.

A criança com hipotireoidismo congênito necessita de acompanhamento com o Endocrinologista Infantil e o tratamento consiste na reposição do hormônio tireoideano.

Fibrose Cística

É uma doença genética, que afeta principalmente os pulmões, o sistema digestório e o pâncreas. Nessa doença, ocorre o aumento da viscosidade do muco, ou seja, as secreções ficam mais "grossas". Nos pulmões, esse aumento da viscosidade pode causar obstruções que aumentam o risco de infecções. No sistema digestório, pode ocorrer o bloqueio da passagem de enzimas digestivas, que são substancias que nosso corpo produz para facilitar a digestão dos alimentos e o aproveitamento dos seus nutrientes. 

A pessoa com Fibrose Cística pode ter infecções pulmonares frequentes, dificuldade de ganho de peso e crescimento, fezes gorduras, diabetes.

O tratamento consiste em um acompanhamento com Pneumologista e equipe multidisciplinar, manter uma nutrição adequada para ganho de peso e crescimento e prevenção e tratamento das infecções respiratórias.

Deficiência de Biotinidase

Doença genética que ocorre pela deficiência na absorção de uma vitamina chamada Biotina. Essa vitamina está presente na nossa alimentação normal e a sua falta pode comprometer o desenvolvimento neurológico da criança. Os principais sintomas são: atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, crises epiléticas, hipotonia, microcefalia, alopecia.

O tratamento é simples e consiste na reposição dessa vitamina. Com o tratamento iniciado precocemente, a criança terá um desenvolvimento normal e não apresentará esses sintomas citados.

Doença Falciforme

É uma doença genética que causa uma alteração na estrutura da Hemoglobina, um dos componentes dos glóbulos vermelhos do sangue. Por causa dessa alteração, os glóbulos vermelhos podem mudar sua forma e ficar parecidos com uma foice (por isso o nome Falciforme). Essa mudança no formato da hemácia, atrapalha a circulação do sangue e pode causar alguns sintomas. 

A pessoa com Anemia Falciforme pode ter: crises de dor (que podem ser precipitadas pelo frio, infecções, desidratação entre outras coisas), maior propensão a ter infecções, ulceras na perna, aumento do baço (pelo acúmulo de sangue), anemia hemolítica, entre outros.

O tratamento consiste em acompanhamento por Hematologista e equipe multidisciplinar, prevenção de situações que possam causar crises de dor e infeções e, em alguns casos, uso de medicações específicas. 

Hiperplasia Congênita das Supra Renais

A Hiperplasia Congênita das Supra renais (HCSR)  corresponde a um conjunto de doenças associadas com as glândulas supra-renais.

Essas glândulas estão localizadas acima dos rins e são responsáveis pela produção de alguns hormônios, como: corticoides, aldosterona e andrógenos. Na HCSR a produção desses hormônios está alterada e essa alteração pode ocorrer em hormônios diferentes e em graus diferentes.

Dependendo de qual/quais hormônios estejam afetados, podem surgir uma serie de manifestações e sintomas diferentes. O teste do pezinho tem como principal objetivo identificar um tipo de HCSR que é a Forma Perdedora de Sal. Nessa forma, o bebê desenvolve um quadro de desidratação muito grave por volta da terceira semana de vida, causando risco de vida se não tratada adequadamente. Por isso, o diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento antes desse quadro grave, preservando a vida do bebê.

A criança com HCSR necessita de acompanhamento com o Endocrinologista Infantil e fará uso de algumas medicações especificas.


Outras doenças podem ser identificadas através do Teste do Pezinho ampliado, que está disponível na rede particular.

Para mais informações sobre o Programa de Triagem Neonatal, acesse:

https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-da-triagem-neonatal







 

Como manter as crianças ativas na quarentena

10 junho, 2020

No post anterior, conversamos sobre a importância da atividade física na infância. Porém, o desafio do momento é tentar manter as crianças e adolescentes ativos na quarentena.

As aulas estão suspensas, assim como as atividades complementares, as academias fechadas... Portanto, estamos restritos ao ambiente domiciliar. Mas será que é impossível manter um mínimo de atividade física nesse período, mesmo estando em casa?

Com um pouco de imaginação, é possível encontrar meios de quebrar o sedentarismo e mexer o esqueleto.

Então, estabeleça com seus filhos um período do dia que será destinado a atividade física e procure algo que se adapte a sua realidade.

Para quem tem um quintal em casa, resgate brincadeiras como amarelinha, pega pega, queimada, jogas com bola...

Para quem tem pouco espaço existem opções como pular corda, brincar de bambolê, dançar e até realizar alguns tipos de exercicios.

Faço um bom uso da tecnologia. Utilize aplicativos com programas de exercicios ou assista no youtube vídeos de ginastica, yoga, dança, etc. Normalmente, são atividades que podem ser realizadas em casa, mesmo em espaços pequenos! O importante é não ficar parado!!

 

Recomendações para atividade física na infância e adolescência

10 junho, 2020

A atividade física é uma grande aliada da saúde.

Na infância e adolescência, a prática de exercícios é importante para o crescimento, para a saúde do sistema cardiovascular (coração, pulmões) para ajudar no desenvolvimento neuro motor e de habilidades como coordenação e equilíbrio entre muitas outras vantagens. Além disso, os hábitos que são desenvolvidos na infância tendem a ser levados para a vida toda.

Portanto, é muito importante que crianças e adolescentes mantenham um estilo de vida ativo.

A atividade física não quer dizer apenas os exercícios programados, como uma aula de judô, ou vôlei por exemplo. Ela inclui: brincadeiras, jogos, atividades recreativas, dança e tudo que faça a criança se mover.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tempo de atividade física para cada faixa etária é:

Bebês (menos de um ano):

Devem ficar ativos várias vezes ao dia, através de brincadeiras no chão, por exemplo. 

Não devem ficar contidos por mais de hora seguida (por exemplo: em carrinhos de bebê, cadeirinhas)

Nessa faixa etária, não é recomendado que a criança passe tempo em frente a telas (celular, tv).

1 a 2 anos de idade:

Devem realizar pelo menos 180 minutos por dia de atividades físicas de qualquer intensidade. Quanto mais, melhor.

Não devem ficar restritas por mais de uma hora seguida, nem permanecer sentadas durante muito tempo.

Para crianças de um ano de idade, não se recomenda uso de telas.

Para crianças com 2 anos, o tempo máximo de telas deve ser de 1 hora por dia. Quanto menos, melhor.

3 a 4 anos de idade:

Devem realizar pelo menos 180 minutos por dia em vários tipos de atividades físicas em qualquer intensidade, das quais pelo menos 60 minutos de intensidade moderada a intensa, divididas ao longo do dia. Quanto mais, melhor.

Não devem ficar sentadas por longos períodos de tempo.

O tempo de tela deve ser no máximo, 1h por dia

5 a 17 anos

Devem realizar pelo menos 60 minutos por dia de atividades físicas, de intensidade moderada a vigorosa. Quanto mais, melhor!

O tempo de tela deve ser no máximo 2 horas por dia. Quanto menos, melhor!


Para mais informações, acesse:


https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/311664/9789241550536-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y

https://www.who.int/dietphysicalactivity/publications/physical-activity-recommendations-5-17years.pdf?ua=1

 

Até que idade a criança cresce?

9 junho, 2020

Frequentemente os pais ficam curiosos para saber se seu filho ainda está crescendo e até que idade isso vai ocorrer. A verdade é que não existe uma idade cronológica que marque o fim do crescimento. O ritmo de crescimento está mais associado com a Idade Óssea!

 A Idade Óssea (IO) é a avaliação do amadurecimento dos ossos que é feita através da analise de uma radiografia dos punhos. A IO pode estar atrasada ( Exemplo: criança de 7 anos com IO= 6 anos), pode estar igual a idade cronológica (Ex: criança de 8 anos com IO = 8 anos) ou avançada (Ex: criança de 10 anos com IO= 12 anos).

 A variação normal da idade óssea é de 1 ano a menos até 1 anos a mais em relação a idade cronológica! 

No geral, as meninas apresentam uma desaceleração do crescimento por volta de 13- 14 de idade óssea e com IO= 16 anos já apresentam cerca de 99% do seu crescimento total.

Já o menino, começa a desacelerar o crescimento por volta de 15 – 16 anos de idade óssea, até finalizar o crescimento com IO = 18 anos.






 

Meu filho tem Diabetes tipo 1! E agora?

9 junho, 2020
O diabetes tipo 1 (DM 1) é uma doença que normalmente se inicia na infância ou adolescência, e ocorre por uma deficiência na produção de insulina.

Quando os pais descobrem que seu filho tem DM1, surgem muitas duvidas, medos e incertezas. É muito comum os pais questionarem: “ meu filho é magro, como ele foi desenvolver Diabetes?” ou “ eu nunca dou doces ou açúcar para meu filho e mesmo assim ele ficou diabético, como isso pode ter acontecido?”.

A verdade é que o DM1 não tem nenhuma relação com Obesidade ou alimentação (diferente do Diabetes tipo 2, que tem uma forte associação com a Obesidade). Na maioria dos casos, a causa é auto-imune, o que significa que o corpo da pessoa começou a produzir anticorpos que atacaram o seu próprio pâncreas, prejudicando a produção de insulina. E o que fez o corpo produzir esses anticorpos? Não se sabe ainda!!

Conforme a produção de insulina vai ficando deficiente e o nível de açúcar no sangue começa a subir, alguns sintomas podem aparecer: vontade de fazer xixi toda hora, muita sede, muito fome, perde peso (mesmo comendo mais que o normal), desanimo, cansaço e fraqueza. 
Ao procurar o médico, constata-se um aumento na glicemia (açúcar no sangue). Uma vez diagnosticado o diabetes tipo 1, deve-se iniciar imediatamente o tratamento.

Como o “problema” do DM1 é a falta de insulina, o tratamento consiste em:  Aplicar insulina.

Infelizmente não existe comprimido, xarope, chá ou qualquer outro tipo de medicação que trate o DM1. 
Apesar do susto inicial após receber esse diagnóstico, com tempo e com uma assistência multidisciplinar adequada, a família e a criança/adolescente aprendem a conviver de forma harmoniosa com o DM1. Mantendo um bom controle glicêmico, a pessoa que tem o Diabetes tipo 1 terá uma vida normal e saudável!

 

5 coisas que você precisa saber sobre tireoide

9 junho, 2020

1- A tireoide é uma glândula (órgão que produz hormônios) e está localizada no pescoço.

2- Hipotireodismo ocorre quando a tireoide está funcionando pouco.

Alguns dos seus sintomas são: sonolência excessiva, desanimo, queda de cabelo, pele seca, constipação, baixa estatura ou baixa velocidade de crescimento.

3- Hipertireodismo ocorre quando a tireoide está funcionando muito.

Alguns dos seus sintomas são: insônia, perda de peso, ansiedade, taquicardia, diarreia, tremores, suor excessivo.

4- Tireoide X Obesidade.

Muitas vezes, o hipotireodismo leva a culpa por um ganho excessivo de peso. Porém, a tireoide é inocente. O hipotireoidismo muito descompensado até pode levar a um ganho de peso, mas normalmente, esse ganho de peso não ultrapassa 2-3kg.

5- Existe tratamento!!! 

Tanto o Hipotiroeidismo quanto o hipertireoidismo podem ser controlados!

 

Em caso de dúvidas, consulte seu médico de confiança.

 

 

Mitos e verdades sobre a Obesidade Infantil

9 junho, 2020

Crescer emagrece

Mito

Muita gente acha que não é necessário se preocupar com o excesso de peso na infância ou adolescência, pois acreditam que, conforme a criança cresce, o peso tende a normalizar.

Porém, nem sempre isso ocorre! Crianças e adolescentes obesos tem risco aumentado de se tornarem adultos obesos, se nada for feito. Dessa forma, é importante identificar os fatores que podem estar contribuindo para esse ganho de peso excessivo e modifica-los.

Se eu for obeso, meu filho pode ser obeso também

Verdade

A obesidade tem múltiplas causas, mas certamente existe uma influência genética importante.

Portanto, pais obesos, tem risco maior de ter filhos obesos.

Tireoide engorda

Mito

A tireoide vive levando a culpa, mas a verdade é que, raramente distúrbios hormonais são a causa da obesidade.

Mesmo grandes alterações nos hormônios da tireoide, não levam a um ganho de peso expressivo.

Dormir mal está associado a ganho de peso excessivo

Verdade

Durante o sono noturno o corpo produz uma serie de hormônios. Entre eles, hormônios que estão associados a fome/saciedade. Quem dorme mal, tende a ter mais fome e maior  dificuldade em perder peso. Crianças e adolescente precisam dormir de 8 a 10 horas por noite e precisam dormir cedo!

 

Obesidade Infantil

9 junho, 2020

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a Obesidade é definida como um excesso de gordura corporal que pode causar prejuízos no bem estar de uma pessoa.

Existem várias maneiras de identificar esse excesso de peso.

Uma das maneiras mais simples e por isso, mais utilizadas, é o cálculo do índice de massa corporal ( IMC).  O IMC  é igual ao peso divido pelo resultado de altura x altura.

 Em adultos, considera-se como adequado o IMC abaixo de 25. IMC entre 25 e 29 é classificado em Sobrepeso e maior ou igual a 30, Obesidade.

Já em crianças e adolescentes, a classificação do IMC vai depender da idade e do sexo, por isso, utilizamos tabelas para essa avaliação.

Infelizmente, a Obesidade Infantil tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Vários fatores contribuem para isso, em especial, as mudanças nos nossos hábitos de vida.

Alguns anos atrás, era comum que as crianças pudessem brincar na rua. Hoje, devido a diminuição dos espaços e até mesmo da violência urbana, as crianças tem ficado cada vez mais confinadas em casa. Além disso, os hábitos alimentares mudaram muito, com um aumento no consumo de alimentos industrializados e fast food e uma diminuição no consumo de alimentos frescos e vegetais. Associados a fatores genéticos, essas mudanças tem contribuído para o aumento da Obesidade de uma maneira geral.

É importante que a Obesidade Infantil seja levada a sério e tratada adequadamente! Com um bom acompanhamento, é possível reverter essa situação!

 

Covid 19 X Diabetes tipo 1

9 junho, 2020

Embora ainda existam muitas incertezas em relação ao COVID 19, sabe-se que, em geral, crianças e adolescentes costumam ter quadros leves da doença.
No entanto, os pais das crianças e adolescentes diabéticas tem perdido o sono, pois as pessoas que tem Diabetes são considerados como pertencentes ao grupo de risco.
Então, um jovem com Diabetes que se contamine com o coronavírus, vai ter um quadro leve, como ocorre com a maioria dos jovens, ou tem risco aumentado de apresentar uma evolução mais grave, como acontece adultos e principalmente idosos diabéticos?
Felizmente,até o momento, não se tem registrados quadros graves de COVID 19 em jovens diabéticos.


De qualquer forma, é importante seguir as medidas básicas de proteção:
1 - Lavar as mãos com água e sabão com frequencia ou utilizar álcool em gel 70%
2- Manter o distanciamento social. Sair de casa somente quando necessário e manter distancia mínima de 1 a 2 metros de outras pessoas
3- Cobrir o rosto ao tossir/ espirrar utilizando um lenço descartável ou o braço (lavar as mãos em seguida)
4- Evitar colocar as mãos no rosto, boca, nariz, olhos
5- Higienizar superfícies frequentemente


Além disso, é muito importante não abandonar o tratamento do Diabetes. Manter as glicemias bem controlados e o acompanhamento médico são medidas fundamentais!



 

O que é a Endocrinologia Infantil?

9 junho, 2020
A Endocrinologia é uma área da medicina que estuda os hormônios.
Os hormônios são produzidos em órgãos chamados glândulas, e atuam em diversas funções do nosso corpo.

O endocrinologista infantil cuida das crianças e adolescentes com alterações hormonais, que podem se manifestar como:
- Alterações no crescimento: baixa estatura ou alta estatura
- Alterações no desenvolvimento da puberdade
-Distúrbios da tireoide
-Alterações ósseas como raquitismo
- Diabetes
-Doenças da glândulas adrenais

Além disso, atuamos na prevenção e tratamento da Obesidade e outras alterações metabólicas, como Colesterol Alto.
Em caso de dúvida, leve seu filho ao pediatra de confiança, que poderá indicar a necessidade de procurar um especialista.